O ano de 2023 entrou para a história como o mais quente já registrado, com média global anual 1,45 °C acima dos níveis pré-industriais, e em 2024, espera-se que o calor continue a aumentar, segundo o #LinkedInNotícias
A emergência climática terá um impacto significativo no mundo do trabalho, afetando diversos setores e alterando a forma como as empresas operam e as pessoas trabalham.
1. Alteração nos Setores Econômicos:
- O aumento das temperaturas e a intensificação de eventos climáticos extremos, como secas e inundações, reduzirão a produtividade agrícola e ameaçarão a segurança alimentar. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), até 2050, a produção de alguns alimentos pode cair em até 25%.
- A escassez de água potável e para irrigação será um problema cada vez mais frequente, afetando diversos setores, como indústria, agricultura e turismo. Estima-se que até 2030, 470 milhões de pessoas viverão em áreas com escassez extrema de água.
- Pesca: A acidificação dos oceanos e a mudança nas correntes marítimas impactam negativamente a vida marinha, reduzindo a disponibilidade de peixes para a pesca. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 6,1 milhões de empregos na pesca podem ser perdidos até 2050.
- Construção e Infraestrutura: Ondas de calor extremo dificultarão as condições de trabalho ao ar livre, aumentando os riscos de doenças relacionadas ao calor e reduzindo a produtividade. Além disso, eventos climáticos extremos, como furacões e inundações, causam danos à infraestrutura, exigindo reconstruções frequentes.
- .Energia: A transição para fontes de energia renováveis se torna cada vez mais urgente. Segundo a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), a energia solar e eólica podem criar até 42 milhões de novos empregos até 2050. No entanto, empregos em indústrias baseadas em combustíveis fósseis, como carvão e petróleo, podem diminuir.
2. Mudanças na Localização dos Trabalhos:
Áreas suscetíveis a desastres naturais, como inundações, incêndios florestais e tempestades intensas, podem ver uma migração de negócios e trabalhadores para regiões mais seguras. Segundo o Banco Mundial, até 2050, 143 milhões de pessoas podem ser deslocadas internamente devido à mudança climática.
3. Saúde e segurança no trabalho:
Condições climáticas extremas, como calor intenso, inundações e tempestades, aumentam os riscos à saúde e segurança dos trabalhadores, especialmente em setores como agricultura, construção e transporte. Segundo a OIT, mais de 2,4 bilhões de trabalhadores serão expostos ao calor extremo em 2030.
Doenças relacionadas ao calor, como insolação e desidratação, se tornarão mais frequentes, reduzindo a produtividade e aumentando os custos com saúde para as empresas. Assim, cria-se uma uma necessidade maior de medidas de proteção e adaptação para garantir a segurança dos trabalhadores.
4. Transformação digital e trabalho remoto:
A adoção de tecnologias digitais e o trabalho remoto podem se acelerar como formas de reduzir a pegada de carbono e adaptar-se às novas realidades climáticas.O uso de ferramentas de comunicação online, plataformas de colaboração e sistemas de gestão de projetos pode permitir que os trabalhadores colaborem de forma eficiente, mesmo à distância.O teletrabalho pode reduzir a necessidade de deslocamentos, diminuindo as emissões de gases de efeito estufa e melhorando a qualidade de vida dos trabalhadores.
O que devemos fazer para mitigar esses riscos?
Investir em inovação e tecnologias que promovam a sustentabilidade, como tecnologias de captura de carbono, energias renováveis e transportes elétricos.